segunda-feira, 30 de maio de 2016

Resenha do filme Happy Happy (Sykt Lykkelig)

A comédia dramática Happy Happy, cujo título em português é Insanamente Feliz, foi produzido Synnøve Hørsdal e a direção é de Anne Sewitsky, ele foi selecionado como o Melhor Filme Estrangeiro em 2010, o que marcou a entrada do cinema norueguês no mundo.

 O roteiro do filme é muito interessante e mostra como a cultura norueguesa ainda possuí uma tradição no pensamento da Reforma Protestante com grande impacto do Luteranismo, por diversos aspectos. O longa conta a história de um casal que tem uma vida sexual morta, o que deixa Kaja (a protagonista) muito frustrada com o seu casamento, até que o casal conhece um casal de dinamarqueses que parecem ser muito interessante, Kaja se interessa por Sigve em um momento de solidão ao perceber como ela e seu marido estão distantes. Neste momento ela o beija e tem um relacionamento extraconjugal com Sigve, o que irá causar grandes repercussões nas duas familias.

 O longa metragem não é cristão no sentido estrito, pois possuí cenas picantes de sexo, todavia ele mostra a importância da família, o problema da traição, o perdão e a consequência da falta de amor, além de trazer algumas lições contra o racismo através do convívio dos filhos dos casais.

 Happy Happy, apresenta também em paralelo características da vida dos nórdicos, a participação na igreja Luterana, a vida pacata no meio da neve, as relações sociais com estrangeiros. Um filme interessante do ponto de vista antropológico e que surpreende o blogueiro brasileiro por não romancear a traição e até por valorizar o bom convívio familiar e o perdão, muito diferente das produções das novelas e filmes brasileiros que cultuam a traição nos relacionamentos conjugais.

Happy Happy é um filme difícil de achar no Brasil, inclusive de forma paga, a dica no blog é busca-lo na página Toca de Cinéfolos.

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